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sábado, 14 de maio de 2011


Título: O PERIGO DAS TRADIÇÕES
Autor: Carlos G. S. Porto
          
          Texto:
 
"Este povo honra-me com os lábios, mas seu coração está longe de mim, em vão porém me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens." Marcos 7:6

O tradicionalista da CCB mostra zelo pela "lei" de seu grupo religioso, porque entende que aí ele encontra o receptáculo da sabedoria dos séculos. Por adotar a tradição de sua religião como a lei de Deus, o congregado assim persuadido pensa que Deus está satisfeitíssimo com ele e sua comunidade, criando uma falsa segurança psicológica. Por outro lado, pensa que os que se mantêm longe da tradição que ele segue, carecem de entendimento ou mesmo de boa vontade. O escritor cristão Juan Carlos Ortiz descreveu esta atitude com um quadro imaginário em que ' Deus está munido de um cano. Do céu Ele olha através do cano acompanhando alegremente as atividades e cultos dos que se enquadram dentro da tradição do tradicionalista, pelos de fora o Senhor não se interessa '.

O tradicionalista mantém uma autopercepção onde os que se incluem entre "nós" são bem distintos "dos outros".

Qual o perigo disso? Primeiro, cria dois(ou mais) povo de Deus, mesmo que a Bíblia declare que existe somente uma família eterna, uma videira verdadeira(mesmo tendo ramos distintos), uma só igreja, um só Corpo de Cristo (Efésios 2:14-22, 4:4, 13-16; João 15:1-5; I Coríntios 1:13, 12:12)

Segundo, o tradicionalismo tende a dividir em ramos distintos os que tem algumas práticas e doutrinas diferentes. Até mesmo dentro de sua grei, olha com certo desprezo quando alguém discorda ou questiona essas tradições. Menosprezam irmãos de denominações distintas, chegando até pensar que os que discordam da sua tradição não são de Cristo.
Terceiro, um outro perigo do tradicionalismo sempre será de fomentar confiança na tradição e não em Cristo, descambando assim para a idolatria.

Quarto, o tradicionalista engana os incautos que pensam em ingressar na igreja. No convite que faz, ele cria uma identificação entre o Senhor e a tradição. Aderir à igreja e seus ensinos, ele afirma, quer dizer entrar na fé e tornar-se membro de Cristo (Marcos 7:8,9; Lucas 13:6-9; Mateus 7:22-23). Dessa forma a mensagem do evangelho é diluída, e a graça de Deus é aniquilada.


Quinto, o tradicionalista evita abrir brechas ou oportunidades para discordância, questionamentos ou raciocínios entre seus adeptos. Criam um ambiente de terror para amedrontar e manter controle sobre as pessoas, que passam a ter pânico do peso da mão de Deus por questionar as "sagradas tradições".
Tendo em vista essas considerações, vemos que o tradicionalismo ao invés de aproximar o homem de Deus, o afasta, criando um ídolo e obscurecendo o caminho da vida eterna